perder-se


Eu quero me jogar
e não quero cair
Olho daqui do alto deste penhasco
Do abismo que eu mesma construo
em mim
Água benta nunca me benzeu
Eu não rezo com palavras ao dormir
Acordo todas as noites às três da madruga
Ouço as baladas dos sinos
os monges nas Catedrais
onde meus cinzas deságuam
As paredes me envolvem
em brisas frias
Você adormecido
em sonhos
Dentro dos sonhos meu
Ao lado eu te vejo
feliz sonhando
com tudo que possui
Parece tão pouco e vazio
esses desejos que possuímos
Meu abismo
Alimenta-se
fome e sede
De mais um pouco
Sempre mais
O abismo dentro de mim
Puxa ainda mais abismo...pra si...

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