O médico e o monstro


Há mais probabilidade de um ser humano nascer reprimido que liberto. Já nascemos numa dimensão colossal nas quais não conseguimos perceber nem descrever os nossos verdadeiros sentimentos. A educação recebida pela sociedade nos afasta de nossas essências originais. E um ser que é reprimido é capaz de cometer os piores delitos, e, as mais loucas atitudes impensáveis. Pois logo seus monstros interiores escapam fazendo estragos piores que lobos famintos. Tudo isso, por que desde seu nascimento, o ser reprimido recebe sua hipócrita educação e lições de moral formando sua máscara social para conviver melhor na sociedade. Sendo assim, suas emoções ficam vigiadas por um guardião de moralidade e quando há qualquer sinal de anomalia, de paixões proibidas, ou sentimentos descriminados, o guardião entra em ação, e, essas emoções são bloqueadas e aprisionadas, como numa cadeia psíquica, todos os pensamentos proibidos são condenados e se viram contra toda a lei de educação recebida, lei esta que nem mesmo o ser reprimido às vezes sabe se é correta ou não, muito menos o motivo de tanta obediência e vivência contra vontades de seus instintos naturais.

Um ser reprimido vive uma sentimentalidade estereotipada. Um dos índices de sua cegueira é justificar-se, mascarar-se. Trancando cada vez mais em jaulas os monstros que o atormentam, com chaves que são desculpas e explicações calculadas inconscientemente para que eles não escapem. Numa falsa impressão de que os seus monstros não se revelem em nenhuma intimidade, este ser reprimido forma em si mesmo um abismo inominável.

Ele acha que conseguirá manter distância da escuridão, fazer o que? Ein?

Uma vez que a cadeia psíquica sofrer lotação para onde vão todas as emoções?

Campanha: Eu admito as minhas monstruosidades.


Hohohoho.

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